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Justiça proíbe circulação da 'IstoÉ' a pedido do governador do Ceará

Juíza de Fortaleza manda recolher edição que apontou envolvimento de Cid Gomes no caso Petrobras

Cid afirma que está processando a revista por calúnia; advogado da 'IstoÉ' diz que vai recorrer da decisão

DIÓGENES CAMPANHA DE SÃO PAULO

A pedido do governador do Ceará, Cid Gomes (Pros), uma juíza de Fortaleza determinou a retirada de circulação da edição desta semana da revista "IstoÉ".

Reportagem da revista citou o governador do Ceará como um dos listados pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa como envolvido em um suposto esquema de corrupção na estatal.

Cid movera na sexta (12) uma ação cautelar contra a Três Editorial, que publica a "IstoÉ", para impedir a veiculação da revista que chegaria às bancas no fim de semana. A juíza Maria Marleide Queiroz, da 3ª Vara de Família de Fortaleza, deferiu uma liminar na noite de sexta-feira.

A editora foi proibida de comercializar a revista sob pena de pagar uma multa diária de R$ 5 milhões e foi instada a tirar de circulação os exemplares já distribuídos.

A magistrada decretou segredo de Justiça no processo.

A Três Editorial foi notificada no sábado (13), quando a revista já estava nas bancas. No site de "IstoÉ", o link para a reportagem diz que o texto foi retirado do ar por decisão da juíza: "A revista estuda medida judicial que garanta seu direito constitucional de informar à sociedade assuntos de interesse público".

O advogado Alexandre Fidalgo, da Três, afirmou que a editora está "tomando providências" para atender a determinação judicial e que entrará com recurso "para combater esse ato censório".

Em nota divulgada nesta segunda-feira (15), Cid informou que está processando a revista por calúnia, difamação e dano moral e declarou ser vítima de uma "armação" criada por adversários para interferir na disputa eleitoral.

Na nota, o governador do Ceará afirmou que não tem e nunca teve "qualquer envolvimento nem qualquer tratativa pessoal com o citado ex-diretor da Petrobras".

Segundo Cid, "esta clara fraude envolvendo o meu nome em véspera de eleição repete prática imunda que já tive de enfrentar quatro anos atrás, quando da publicação de invenções envolvendo meu nome e o nome do meu irmão, Ciro Gomes, que se revelaram completamente falsas".

O diretor-executivo da ANJ (Associação Nacional de Jornais), Ricardo Pedreira, classificou a decisão da Justiça de "absurda" e "lamentável".

"Políticos fazem esses pedidos em período eleitoral e a Justiça infelizmente os acata, num ato de censura. São decisões de primeira instância, que geralmente são reformadas no recurso, mas o mal já foi feito, porque o cidadão já foi prejudicado no seu direito de ser informado", disse.


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