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Análise

Encontro segue figurino do papa e foca menos em comportamento

REINALDO JOSÉ LOPES COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O efeito Francisco parece ter afetado a gama de temas abordados no debate organizado pela CNBB. As perguntas dos bispos e dos jornalistas de órgãos ligados à Igreja Católica seguiram o figurino defendido pelo papa, com mais peso para problemas sociais e menos ênfase em questões de comportamento.

É significativo que a questão do aborto, que movimentou a campanha de 2010, em parte graças à mobilização da hierarquia católica, tenha aparecido numa única pergunta --feita por um jornalista, e não por um dos bispos.

Na diversidade de temas --quase 20--, o predomínio de debates "seculares", ou seja, sem relação direta com a religião, chamou a atenção. A primeira pergunta, a única a ser respondida por todos, envolvia a proposta de reforma política defendida pela CNBB (que inclui o financiamento público das campanhas).

Outras questões deixavam transparecer uma preocupação social mais à esquerda, comum tanto no catolicismo brasileiro quanto no atual papado, com cobranças pela demarcação de terras indígenas e críticas aos projetos de redução da maioridade penal.

Dentro desse script, notas ligeiramente dissonantes vieram quando um dos bispos destacou a importância da família, "formada por um homem, por uma mulher e pelos filhos", e quando outro prelado afirmou que os defensores mais radicais do Estado laico se aproximavam da intolerância religiosa.


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