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Marina pede oração contra 'mentiras'

Em ato com católicos, candidata do PSB diz que interpretações de rivais sobre seu programa 'fere a inteligência' do eleitor

Para ex-ministra, só seria possível acabar com Bolsa Família, leis trabalhistas e pré-sal se país fosse 'de papel'

RANIER BRAGON DE BRASÍLIA

Alvo de ataques desde que passou a ameaçar as pretensões eleitorais de Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB), Marina Silva (PSB) pediu nesta segunda (22), em evento com católicos, oração contra a "onda de mentiras" de que diz ser vítima.

Marina, que pertence à igreja evangélica Assembleia de Deus, afirmou que se dissemina pelo país propagandas de que ela "acabará com tudo e com o resto".

"Dá para acreditar que uma pessoa possa acabar com o pré-sal, o ProUni, o Fies, o Pronatec, o Bolsa Família, o Minha Casa, Minha Vida, a transposição do São Francisco, a Transnordestina, o 13º [salário], as férias, privatizar a Petrobras, a Caixa, o Banco do Brasil?"

"Se uma pessoa pode fazer isso é porque temos um país que é o que, de papel? Não é, isso fere o bom senso, a inteligência do brasileiro", disse.

Marina participou em Brasília de ato na Associação Nacional de Educação Católica.

Com base em interpretações do programa de governo de Marina, que defende um Banco Central legalmente independente e revisão da política de subsídios do governo, a campanha de Dilma tem propagandeado que Marina irá minar os principais programas sociais.

"É tanta coisa, gente. Olha, até porque vocês que são pessoas de fé, contra o marketing selvagem não vale argumento, só discernimento. Então peçam a Deus para o discernimento do povo brasileiro."

Marina disse ainda que seus rivais, por ainda não terem apresentado programa de governo consolidado, esperam receber um cheque em branco da sociedade.

"A sociedade não pode assinar cheque em branco para candidatos que promovem polarização e que, se eleitos, não se saberá com o que eles estão comprometidos", disse Marina, acrescentando preferir "ganhar ganhando, não ganhar perdendo". Segundo ela, isso ocorreria se ela abrisse mão de princípios e aderisse ao "vale tudo".

A Folha mostrou nesta segunda que Dilma replicará na TV crítica feita por Aécio segundo a qual o programa de Marina sofreu tantos recuos que parece ter sido escrito a lápis. "E eles nem a lápis escreveram", rebateu Neca Setúbal, uma das coordenadoras do programa de Marina.

À noite, em São Paulo, no debate "Diálogos Conectados", Marina foi questionada sobre suas propostas a respeito do acesso universal à internet de banda larga, uma de suas bandeiras de campanha, mas preferiu não responder ou esclarecer metas indicadas em seu programa.

Uma das participantes da mesa, a advogada Flávia Lefèvre, do Proteste, disse que "não há nenhuma referência" a "temas fundamentais" para o setor no programa de governo do PSB.

Marina apensa defendeu o acesso à internet de banda larga "como direito e um serviço essencial" para a população e afirmou que será por meio de plataformas digitais que o eleitor conseguirá acompanhar as ações do governo para "melhorar a qualidade da política".

FOI DE TÁXI

Pela manhã, Marina participou de um evento em Brasília para marcar o Dia Mundial sem Carro. A candidata do PSB, que diz não saber andar de bicicleta, chegou de ao ato de táxi. Mais tarde, a assessoria da campanha criticou em nota a publicação de que ela foi de carro. "O serviço de táxi, vale lembrar, é um tipo de transporte público."


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