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Dilma e Alckmin têm acordo para financiar casa popular

Governo de São Paulo pretende injetar R$ 1,5 bi no Minha Casa, Minha Vida

Ideia é enxugar o papel da CDHU, a estatal paulista de habitação, e reforçar o programa do governo federal

Márcia Ribeiro - 3.dez.11/Folhapress
Moradores de casas da CDHU em Ribeirão Preto (SP) mostram vazamento de esgoto
Moradores de casas da CDHU em Ribeirão Preto (SP) mostram vazamento de esgoto

CATIA SEABRA
DE BRASÍLIA

A presidente Dilma Rousseff e o governador Geraldo Alckmin (PSDB) fecharam uma dobradinha para desemperrar os programas de construção de moradias populares no Estado de São Paulo.

A ideia é enxugar o papel desempenhado hoje pela CDHU, a estatal paulista de habitação, e reforçar no Estado o programa federal Minha Casa, Minha Vida.

Com isso, espera-se elevar para 97 mil o número de moradias construídas deste ano até 2015.

O governo de São Paulo reforçará com R$ 1,5 bilhão o programa federal. Pelo acordo, Alckmin complementará com R$ 20 mil o valor unitário previsto para construção de casas destinadas a famílias com renda inferior a R$ 1.600 mensais.

Com isso, o custo dos apartamentos passará de R$ 65 mil para R$ 85 mil.

Hoje, as construtoras reclamam da dificuldade de levar adiante projetos habitacionais nas grandes cidades do Estado de São Paulo com o limite de gasto de R$ 65 mil por unidade.

METAS

Segundo informação da secretaria estadual de Habitação, a meta programada pelo governo federal para o Minha Casa, Minha Vida 1 para atendimento de mutuários com renda familiar inferior a R$ 1,6 mil era de 70 mil unidades. Mas apenas 13 mil casas foram entregues.

Em São Paulo, a média de casas construídas pela CDHU é de 15 mil anuais.

Segundo o secretário Sílvio Torres, Alckmin espera a próxima visita de Dilma a São Paulo para a oficialização da parceria.

Na semana passada, durante reunião de secretariado, o governador elogiou a política habitacional do governo federal, pregando mudanças na do Estado.

A avaliação é que apenas com a construção de casas a cargo da CDHU não será possível minimizar o deficit habitacional de São Paulo.

Por isso, Alckmin determinou aos auxiliares a revisão do modelo estadual.

Com a mudança do papel da CDHU, a estatal deixará de construir casas para atuar como agência de fomento.

Hoje responsável pela contratação de construtoras, a CDHU repassará recursos para que as prefeituras assumam a execução das obras. "A CDHU ficará com as carteiras. Mas não contratará mais as obras", explicou Torres. "A determinação é fazer mais com menos."

A mudança do perfil tem objetivo político: conquistar o eleitorado de baixa renda, distante do tucanato.

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