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Outro lado

Bezerra diz que foi induzido a erro por sucessor

DE BRASÍLIA

O ministro Fernando Bezerra Coelho (Integração Nacional) admitiu, por intermédio de sua assessoria, que o terreno foi comprado duas vezes pela Prefeitura de Petrolina (PE), mas disse que foi induzido a erro pela gestão do prefeito Guilherme Coelho, seu primo, que o sucedeu em 1997.

Segundo nota enviada, o terreno foi comprado pela primeira vez no final de 1996, quando seu mandato terminava, mas "por equívocos da gestão subsequente" deixou de ser registrado no Cadastro Imobiliário do Município e no Registro Geral de Imóveis.

Procurado, o primo de Bezerra negou falha. "A obrigação de quem compra um terreno é registrá-lo. É muito fácil para ele jogar o problema para mim. (...) Não tenho nada a ver com isso", disse Guilherme Coelho.

Ainda de acordo com a nota do ministro, o negócio foi novamente realizado, em 2001, "amparado nas determinações legais cabíveis", outra vez com a finalidade de abrigar o aterro sanitário do município.

Ele diz, porém, que, depois "veio à tona a informação de que o citado terreno fora adquirido no final de 1996". Segundo a nota, Bezerra instaurou sindicância, mas o "Ministério Público antecipou-se e ingressou com processo destinado a responsabilizar o então prefeito".

A assessoria do ministro argumenta que a duplicidade na compra do terreno não pode ser imputada a ele, "pois as falhas foram apenas de ordem procedimental, de escrituração e de controle de registros de imóveis".

A Folha não conseguiu falar com o empresário José Brandão Ramos, que vendeu o terreno à prefeitura.

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