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Mantega tem folga suspensa para discutir ajuste fiscal

Preocupada com cenário econômico, Dilma cancela férias do ministro

Fazenda estuda corte de R$ 60 bi nas despesas; Lula alerta governo sobre queda no nível de investimentos em 2011

Sérgio Lima/Folhapress
Dilma e Guido Mantega na saída do Palácio da Alvorada; ministro teve férias suspensas para discutir cenário econômico
Dilma e Guido Mantega na saída do Palácio da Alvorada; ministro teve férias suspensas para discutir cenário econômico

NATUZA NERY
PRISCILLA OLIVEIRA
DE BRASÍLIA

A presidente Dilma Roussef interrompeu ontem as férias do ministro Guido Mantega (Fazenda) preocupada com o cenário da economia em 2012.

Na primeira reunião do ano com a equipe econômica, Mantega e o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, falaram sobre as condições para o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) no patamar desejado pelo governo, superior a 4%.

Discutiram ainda o tamanho do ajuste fiscal que será anunciado no fim de janeiro.

A Fazenda parte de um número considerado salgado pelo Planalto: uma economia de despesas de R$ 60 bilhões, marca superior aos R$ 50 bilhões anunciados em 2011.

O governo já recebeu recados do ex-presidente Lula dando conta de sua preocupação com o nível do investimento público no ano passado, em especial em relação à desaceleração do PAC, programa voltado para impulsionar o crescimento.

Janeiro será o mês que Dilma definirá qual será a tônica da política econômica deste segundo ano de mandato: se abrirá a torneira do investimento público ou se optará por um aperto ainda mais severo nas contas federais.

No final do mês, os números devem apontar investimento real próximo de R$ 42 bilhões em 2011, patamar inferior aos R$ 47 bilhões registrados em 2010.

Em agosto, Mantega mudou o mix da política econômica sinalizando que a expansão do PIB viria mais da redução da Selic que do incremento nas despesas públicas, lógica que vigorou na gestão Lula.

Porém, em dezembro, o Banco Central sinalizou que o ciclo de queda na taxa de juros pode ser menor do que se supunha.

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