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Em clima de lua de mel, Dilma e Alckmin exaltam parceria e trocam afagos em SP

BERNARDO MELLO FRANCO
DE SÃO PAULO

Em clima de lua de mel com o governador Geraldo Alckmin, a presidente Dilma Rousseff aproveitou ontem uma solenidade no Palácio dos Bandeirantes para exaltar a "parceria estratégica" com o tucano em São Paulo.

Ela descreveu a aproximação como prova da "maturidade do Brasil". Alckmin retribuiu com elogios à "beleza da boa política" e à "harmonia entre os governos em benefício da população".

"Nós temos feito, e eu quero reconhecer aqui, parcerias muito efetivas com a gestão do governador Geraldo Alckmin", afirmou Dilma.

"É impossível, no Brasil, um governante achar que governa sem o governo estadual e os prefeitos. Podemos ter nossas divergências eleitorais. Acabou a eleição, elas deixam de existir."

A presidente comparou o conflito entre diferentes esferas de governo à quebra de decoro parlamentar -falha de comportamento que pode levar à cassação do mandato de deputados e senadores.

"Não se pode ter uma relação de atrito com Estados ou municípios. Esta é a grande característica do decoro governamental", disse.

Sobraram afagos até para a primeira-dama Lu Alckmin, com quem Dilma conversou animadamente na cerimônia. Num elogio à moda antiga, ela a apresentou como símbolo da "capacidade da mulher paulista de ser acolhedora e de receber muito bem".

Em seu discurso, Alckmin louvou as parcerias entre Estado e União no combate à miséria, na hidrovia Tietê-Paraná, no rodoanel e na habitação popular. "O senhor esqueceu que nós lançamos também a Ferronorte", devolveu Dilma, em tom amigável.

Ontem, os dois assinaram convênio para a construção de 100 mil casas e apartamentos populares no Estado, no programa Minha Casa, Minha Vida. O pacote prevê investimentos de R$ 8 bilhões, sendo 77% dos cofres federais.

Esta foi a terceira visita da presidente ao Bandeirantes em apenas seis meses. A assiduidade incomoda a ala do PSDB ligada ao ex-governador José Serra, que ela derrotou nas eleições de 2010.

Após a cerimônia, Dilma se reuniu com o ex-presidente Lula por três horas no escritório regional da Presidência. Ela pretendia consultá-lo sobre a reforma ministerial.

Colaborou DANIEL RONCAGLIA, de São Paulo

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