Congressistas sob suspeita podem manter seus mandatos
Casos de Vargas e Argôlo não devem ser votados
Alvos de processo por quebra de decoro parlamentar, os deputados federais André Vargas (sem partido-PR) e Luiz Argôlo (SDD-BA) podem escapar da cassação. Eles são processados pela ligação com o doleiro Alberto Youssef.
A cassação de Vargas seria analisada na próxima semana, mas a cúpula da Câmara remarcou a sessão para 10 de dezembro, a uma semana do fim dos trabalhos da Casa.
Essa é a segunda mudança na data da votação. Inicialmente a reunião fora programada para ser realizada até o dia 3 de dezembro, mas Vargas pediu o adiamento alegando que fizera procedimento cirúrgico que lhe impediria de se defender.
Nos bastidores, deputados dizem que são grandes as chances de não haver quórum na sessão para analisar a representação de Vargas.
Para a cassação ser aprovada são necessários os votos de ao menos 257 dos 513 deputados. A votação é aberta.
A situação de Argôlo é mais confortável: seu caso pode nem chegar ao plenário antes do recesso. Ele recorreu à Comissão de Constituição e Justiça contra a cassação aprovada pelo Conselho de Ética.
O relator do caso, deputado Valtenir Pereira (Pros-MT), ainda nem fez o parecer, alegando problemas pessoais.