Denúncias eram vagas, diz chefe da estatal
A presidente da Petrobras, Graça Foster, voltou a dizer nesta quarta-feira (17) que eram vagas as denúncias que recebeu da funcionária da estatal Venina Velosa da Fonseca.
Segundo reportagem publicada pelo "Valor Econômico" na semana passada, Venina enviou vários e-mails a Graça a partir de 2009 alertando-a sobre irregularidades na construção da refinaria Abreu e Lima e em outras obras na área de abastecimento.
Venina era gerente do ex-diretor Paulo Roberto Costa, réu nos processos da Operação Lava Jato. Os dois se desentenderam em 2009, quando Venina determinou investigações sobre problemas na área de comunicação da diretoria.
Venina foi transferida para Cingapura em 2010. Há um mês, foi responsabilizada por falhas na refinaria de Abreu e Lima e perdeu o cargo de chefia.
"Recebi e-mails de 2009, quando ela teve uma briga com Paulo Roberto não sei por quê", afirmou Graça. "Com as informações que tínhamos na época, nada mais havia do que preços além dos projetados."
Citando trechos de um e-mail que Venina lhe enviou em 2011, Graça negou que o conteúdo trouxesse informações claras sobre corrupção na estatal. "Ela fala em esquartejamento de projeto. Não sei o que é. Licitação ineficiente. Também não sei", afirmou.
A presidente da Petrobras disse que na época sugeriu a Costa que conversasse com Venina. Graça afirmou que a funcionária provavelmente se referia a discussões genéricas ocorridas na diretoria da empresa no e-mail em que diz à presidente da empresa que ela "conhece" o conteúdo de suas denúncias.