Escândalo na Petrobrás
Procurador solicita que ex-diretor volte à prisão
Apreensão de passaporte não impedirá uma fuga de Renato Duque, diz Janot
Juiz Sergio Moro pede que empreiteiro da UTC explique por que listou vários políticos como suas testemunhas
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou ao STF (Supremo Tribunal Federal) parecer defendendo que Renato Duque, ex-diretor de Serviços da Petrobras, volte à prisão.
Segundo Janot, as medidas de substituição à prisão, como apreensão de passaporte e proibição de viajar para fora do país, são insuficientes para evitar a fuga de Duque, investigado na Lava Jato.
Segundo ele, Duque "possui inúmeras possibilidades de se evadir por inúmeros meios e sem mínimo controle seguro" pelas "incontroladas fronteiras brasileiras".
Duque foi preso em novembro do ano passado, mas foi liberado em dezembro, após decisão do ministro do STF Teori Zavascki, que considerou sua prisão irregular. Agora o caso será analisado por outros ministros do Supremo.
Duque é apontado por procuradores como o principal operador do PT na Petrobras. Segundo o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, a diretoria de Duque repassava 3% dos contratos que assinava para o PT. Duque nega envolvimento nos desvios.
UTC
O juiz Sergio Moro deu prazo de cinco dias para a defesa do empreiteiro Ricardo Pessoa esclarecer por que incluiu como suas testemunhas de defesa diversos políticos.
Foram listados o ministro Jaques Wagner (PT), o ex-ministro Paulo Bernardo (PT), os deputados Arlindo Chinaglia (PT), Paulinho da Força (SD) e Jutahy Júnior (PSDB) e outros. O advogado Alberto Toron disse que "são pessoas que conhecem o trabalho do Ricardo".