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Alagoas

Ex-deputado nega a tribunal do júri ter mandado matar colega

DE MACEIÓ E DE SÃO PAULO - O ex-deputado Talvane Albuquerque negou ontem em depoimento ao tribunal do júri a acusação de mandar matar a deputada Ceci Cunha (PSDB-AL), em dezembro de 1998, para ficar com o seu mandato na Câmara dos Deputados.

Talvane e outros quatro réus estão sendo julgados pelo crime desde anteontem em Maceió. Na chacina, morreram também o marido de Ceci e outro dois parentes.

Em seu depoimento, que até o início da noite de ontem não havia terminado, Talvane disse que foi atraído pelo pistoleiro Maurício Guedes para uma conversa, que foi gravada e depois usada para incriminá-lo.

Na gravação, feita pelo pistoleiro em outubro de 1998, ambos tratam da morte do então deputado federal Augusto Farias. Augusto, irmão de Paulo Cesar Farias, também havia sido eleito para a Câmara.

Com sua morte, Talvane assumiria a vaga, pois era o primeiro suplente da coligação. De acordo com a Procuradoria, Talvane mudou de alvo e decidiu matar Ceci depois de Augusto descobrir a trama.

Talvane disse que só ele foi investigado pelo crime, sendo que havia outros interessados na morte, como o ex-governador Manuel Gomes de Barros.

Procurado, Barros disse que as declarações de Talvane decorrem do "desespero de quem está na iminência de uma condenação enorme".

O julgamento pode se estender até amanhã.

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