Arxo
Justiça manda soltar suspeitos de pagar propina à BR Distribuidora
DE CURITIBA E DE SÃO PAULO - A Justiça determinou nesta segunda (9) a soltura de três executivos da empresa Arxo que estavam presos temporariamente desde a semana passada: Gilson Pereira, Sérgio Marçaneiro e João Gualberto.
A Arxo fabrica tanques de combustível e é fornecedora da BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras. O grupo é suspeito de pagar propina para ganhar contratos de obras da estatal. A empresa nega e diz que a investigação é movida por "vingança" de uma ex-funcionária, que a denunciou.
Para o juiz Sergio Moro, como todos os executivos depuseram e as buscas na empresa foram cumpridas, não há mais necessidade de prisão.
Nesta terça (10), uma turma de quatro ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) julga se mantém o ex-diretor da Petrobras Renato Duque livre. Ele foi solto em 3 de dezembro em caráter provisório por decisão do ministro Teori Zavascki, para quem manter conta ilegal no exterior não justificava a prisão.
Advogados de empreiteiras consideram a nova sessão um teste das relações entre o STF e Moro: se a corte mantiver Duque livre, é sinal de que não apoia as decisões dele. Do contrário, o juiz sai ainda mais fortalecido.
Além de Teori, a turma que julgará Duque é formada por Celso de Mello, Gilmar Mendes e Cármen Lúcia.
A liberdade do executivo foi a única vitória robusta que a defesa dos acusados na Lava Jato obtiveram até agora.