Texto Anterior
|
Próximo Texto
| Índice | Comunicar Erros
Justiça condena ex-deputado a 103 anos Talvane Albuquerque recebeu a pena pelo assassinato em 98 da deputada Ceci Cunha (PSDB-AL), de quem era suplente Sentença, anunciada após três dias de julgamento, também trouxe a condenação de outros quatro réus PETRÔNIO VIANACOLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE MACEIÓ RODRIGO VIZEU DE SÃO PAULO O ex-deputado Talvane Albuquerque (ex-PTN), condenado ontem a 103 anos e quatro meses de prisão pelo assassinato da deputada Ceci Cunha (PSDB-AL) e de três parentes dela, em 1998, foi levado diretamente para a cadeia após a Justiça apontar "grande comoção social". Albuquerque, que era o primeiro suplente da coligação da deputada, foi apontado como mandante do crime com o objetivo de assumir o mandato dela. Ele chegou a tomar posse na Câmara, mas foi cassado. A defesa do ex-deputado disse que tentará anular o julgamento e que considerou exagerado o decreto de prisão preventiva. O ex-deputado e outros quatro réus -dois acusados de atirar e outros dois, de apoiar os pistoleiros- foram condenados depois de três dias de julgamento. A sentença foi anunciada pela manhã, depois de os jurados passarem a madrugada reunidos. O juiz federal André Luiz Maia Tobias Granja, que anunciou a sentença, concedeu prisão especial ao ex-deputado, que é médico. Sua defesa disse que ele está em um quarto isolado, na Casa de Custódia da Polícia Civil de Maceió. A assessoria de imprensa da Justiça Federal em Alagoas afirmou que o magistrado decretou a prisão imediata sob o argumento de que o caso provocou ampla repercussão e que a demora de uma solução para o crime, 13 anos, era negativa. O CRIME Ceci foi morta durante uma visita à casa de sua irmã, em Maceió, horas depois de ser diplomada deputada. Ela, seu marido, Juvenal Cunha, o cunhado Iran Maranhão e a mãe dele, Ítala Maranhão, estavam sentados em frente à casa quando foram atingidos por pistoleiros. Todos morreram. Ontem, o juiz auxiliar da Corregedoria Nacional de Justiça, Erivaldo Ribeiro, disse que a decisão foi um "momento histórico". O caso Ceci Cunha era monitorado pelo Justiça Plena, do CNJ (Conselho Nacional de Justiça). Pouco depois da leitura da sentença do juiz, o filho da deputada Ceci Cunha, Rodrigo, comentou o sentimento da família. "Nós viemos aqui buscar justiça. Não viemos buscar vingança. (...) Lugar de bandido é na cadeia", disse. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |