Em crise, governo do Rio põe fim a subsídio nas tarifas do metrô
Usuários do Bilhete Único passarão a pagar R$ 3,70 a partir de abril, aumento de 15,6%
Em grave crise financeira, o governo do Rio decidiu acabar com o subsídio aos passageiros nas tarifas do metrô. O preço pago pelo usuário do Bilhete Único vai subir de R$ 3,20 para R$ 3,70 (alta de 15,6%) a partir de abril.
O novo valor da passagem que será pago pelos usuários do Bilhete Único (tarifa social) é a mesma da chamada tarifa de equilíbrio --preço autorizado pela Agentransp (agência reguladora dos transportes públicos).
O Estado paga, desde o ano passado, a diferença entre as duas tarifas --R$ 0,30 no caso do metrô, até o dia 2 de abril, quando haverá o reajuste. O subsídio nas passagens do metrô consumiu R$ 35 milhões em 2014.
"A decisão do governo do Estado de igualar a tarifa social à tarifa modal para o sistema metroviário baseia-se na necessidade de redução do subsídio, em face à situação fiscal que passa o Estado e o país", afirmou, em nota, a Secretaria Estadual de Transportes.
O fim do subsídio indica que a crise financeira no Rio de Janeiro se agravou em relação ao diagnóstico do fim do ano passado.
Em dezembro, o governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) reduziu o subsídio dado aos passageiros de trens, barcas e ônibus intermunicipais. Dois meses depois, decidiu abolir para o metrô. Os reajustes dos valores têm, por contrato, data marcada para ocorrer.
O subsídio ao metrô e trens foi criado pelo ex-governador Sérgio Cabral (PMDB) após manifestações no início de 2014 --a medida já existia para as barcas desde 2011. O objetivo foi manter os preços dos modais inalterados para os usuários do Bilhete Único após o reajuste de 2014.
O Estado gastou R$ 541 milhões com subsídios no ano passado. O maior valor foi com ônibus intermunicipais, R$ 402 milhões.