Quebra de sigilo
Justiça reduz valor de indenização a caseiro que acusou Palocci
DE BRASÍLIA - A Quinta Turma do TRF-1 (Tribunal Regional Federal da Primeira Região) reduziu nesta quarta (24) de R$ 500 mil para R$ 400 mil a indenização que a Caixa Econômica Federal terá de pagar ao caseiro Francenildo dos Santos Costa, que teve seu sigilo bancário quebrado em 2006.
O episódio levou à queda de Antonio Palocci, à época ministro da Fazenda do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Em 2006, em entrevista ao jornal "O Estado de S.Paulo", Francenildo afirmou que cuidava de uma mansão em região nobre de Brasília frequentada por Palocci. Segundo ele, pessoas ligadas ao ex-ministro usavam o local para fazer partilhas de dinheiro. As acusações foram repetidas por ele na CPI dos Bingos.
Dias depois, a revista "Época" publicou reportagem com dados bancários do caseiro, revelando um saldo de R$ 38 mil. Integrantes do governo sugeriram que Francenildo teria recebido o dinheiro para fazer as acusações contra Palocci.
O caseiro, no entanto, mostrou que os recursos haviam sido depositados por seu pai biológico, que queria evitar um processo de paternidade.