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Ataques, alfinetadas e amor

Antigos rivais, PT e Kassab já trocaram críticas ao longo dos anos, mas agora se aproximam para uma improvável aliança

BERNARDO MELLO FRANCO
PAULO GAMA
DE SÃO PAULO

De um lado, um político higienista, conservador, elitista, destrambelhado e que incentivou a especulação imobiliária em São Paulo.

De outro, um partido que arranhou a bandeira da moralidade e tentou transformar o Palácio do Planalto numa extensão do seu diretório.

Era assim que o PT e o prefeito Gilberto Kassab (PSD) se tratavam até pouco tempo atrás, antes de começarem a negociar um acordo na sucessão municipal para eleger o petista Fernando Haddad.

Uma pesquisa em discursos, debates e entrevistas mostra que os novos aliados sempre se comportaram como inimigos na política.

Para o PT, Kassab era o herdeiro do malufismo e trazia o DNA da gestão de Celso Pitta, de quem foi secretário. Além disso, chegou ao poder como vice do tucano José Serra, antigo adversário do petismo.

Para Kassab, o PT representava o símbolo do mensalão, ao qual ele associou a ex-prefeita Marta Suplicy durante toda a campanha passada.

No segundo turno, a petista levou ao ar uma propaganda com insinuações sobre a vida privada do rival, questionando o fato de ele ser solteiro e não ter filhos.

Todo este histórico não impediu a aproximação das últimas duas semanas, iniciada com uma visita do prefeito a Lula. Desde o encontro, o flerte só faz aumentar.

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