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Barrigão vira fantasia de Carnaval após caso de falsa 'megagrávida'

	Fernando Donasci/Folhapress
	Renata Moura, 34, mostra 'barrigão' em loja de Taubaté

Barrigas falsas se tornaram a aposta das lojas de fantasias de Taubaté, no interior de São Paulo, para alavancar as vendas no Carnaval.

Para emplacar o adereço nos desfiles e festas, os lojistas contam com a notícia mais comentada na cidade: a gravidez simulada pela pedagoga Maria Verônica Aparecida César Santos, 25, que dizia estar esperando quadrigêmeos. Anteontem, o advogado dela anunciou que se tratava de uma farsa.

O advogado e a polícia não sabem os motivos que levaram a pedagoga a mentir.

"Esperamos que dê 'Ibope' para nós com a história da falsa grávida", afirma Renata Moura, 34, dona da loja de fantasias Casa Progresso.

Enquanto Moura ajeitava as barrigas para colocar na vitrine, os pedestres que passavam do lado de fora riam.

Há dois modelos, vendidos a R$ 25 e R$ 30, que sobraram do estoque de Natal -originalmente, eram para compor a fantasia de Papai Noel.

Feitas de borracha, elas agora foram adaptadas e têm cordinhas para serem amarradas nas costas. A dona da loja disse que já houve procura pelas barrigas falsas.

O advogado de Maria Verônica, Enilson de Castro, disse anteontem que a "barriga" dela pode ter sido feita de silicone e coberta com panos.

A Folha publicou reportagem sobre a gravidez no dia 7, com base nas declarações da pedagoga. O parto seria por volta do dia 20, quando a fraude acabou sendo revelada.

Ela não deu mais entrevistas depois que dois médicos disseram, com base em exames, que ela não estava grávida em agosto.