Outro lado
Construtora afirma que casos são 'completamente diferentes'
Procurada, a OAS emitiu nota em que não deu detalhes sobre as condições mais favoráveis oferecidas a Marice Correa de Lima, cunhada do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, em relação a outros compradores do mesmo empreendimento no Guarujá.
Em 2013, a OAS pagou R$ 432 mil pelo apartamento 44-A, em nome de Marice, mais que o dobro do oferecido para obter o distrato de imóveis idênticos no edifício, algumas vezes em pagamento parcelado em até 36 vezes.
"São discussões completamente diferentes. No caso da cliente Marice Correa de Lima, houve um distrato", afirmou a empreiteira, em nota.
A OAS não deu detalhes sobre o que a levou a pagar R$ 432 mil à vista à cunhada de Vaccari e, meses depois, vender o imóvel por R$ 337 mil.
Sobre a proposta feita a Eliana Vaz de Lima de pagar R$ 234 mil em 36 parcelas só depois de um ano após a assinatura do distrato do apartamento 102-B, a empresa informou que a compradora não chegou a aderir ao acordo que resultou na incorporação pela OAS da obra iniciada pela Bancoop.
"Ela nunca foi cliente da OAS Empreendimentos, mas entrou com ação contra a OAS na qual pleiteia a unidade que havia comprado na Bancoop a preço de custo."
Sobre o distrato envolvendo o apartamento 64-A, de Luciane Giogo Galvão e pelo qual a empreiteira ofereceu a entrada de um apartamento menor como compensação, a OAS culpou a compradora.
"A cliente teria interesse pela unidade, mas tornou-se inadimplente, diante disso houve distrato unilateral."
À Justiça Marice negou ter se encontrado com Alberto Youssef ou recebido valor ilícito do esquema de corrupção na Petrobras. Segundo sua defesa, seu patrimônio teve origem lícita e todos os seus bens estão declarados.