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'Não vou polemizar com amigo', diz ex-governador de SP

DE SÃO PAULO
DE BRASÍLIA

O ex-governador de São Paulo José Serra (PSDB) afirmou ontem que discorda de algumas opiniões do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, mas se limitou a dizer que não vai "polemizar com um amigo".

Em entrevista a um blog da revista britânica "The Economist", FHC havia criticado Serra e afirmado que Aécio Neves é o "candidato óbvio" do PSDB para disputar a Presidência em 2014.

Em resposta, o senador mineiro divulgou nota na qual agradece a "referência" de FHC, mas diz que "o partido saberá definir o melhor nome, entre os vários de que dispõe, no momento certo".

"Temos que trabalhar agora pelo fortalecimento partidário", diz a nota.

Segundo Sérgio Guerra, presidente nacional do partido, "muitos integrantes do PSDB defendem mesmo que Aécio se lance candidato. Mas isso só será discutido depois das eleições municipais".

O timing é o mesmo sugerido por FHC, mas o ex-presidente prevê uma "briga interna muito forte" entre Serra e Aécio. Nesse cenário, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), seria carta fora do baralho.

Questionado, Alckmin evitou alimentar a polêmica: "2014 está longe, temos grandes nomes no PSDB preparados para essa responsabilidade, mas é um tema a ser amadurecido, não há razão para discussão".

Aliados de Serra contestaram a declaração de FHC. Amigo do ex-presidente, o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB) disse que o partido "não tem candidato natural para a Presidência".

Vice de Serra no governo de São Paulo, Alberto Goldman também afirmou que a decisão não foi tomada. "Para ser candidato, não basta política de aliança. Mas mostrar capacidade de enfrentar os problemas que o Brasil apresentar", disse. (UIRÁ MACHADO, PAULO GAMA E CATIA SEABRA)

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