Outro Lado
Deputado volta a negar relação com documentos
O deputado Eduardo Cunnha (PMDB-RJ) voltou a negar ter relação com os requerimentos de informação investigados pela Operação Lava Jato e afirmou que os assessores de seu gabinete costumavam usar sua senha na época em que eles foram redigidos.
Segundo o presidente da Câmara dos Deputados, um auxiliar pode ter feito os requerimentos apresentados em 2011 pela então deputada Solange Almeida (PMDB-RJ).
Cunha disse também que não vê relevância na constatação de que os requerimentos suspeitos são os únicos a trazerem o seu nome --com exceção de papéis reconhecidamente elaborados pelo gabinete do deputado federal.
"Se foi alguém da minha assessoria, pode ter feito com a minha senha. Não vejo nenhum problema. Ou já aproveitou um computador aberto na minha senha para fazer o trabalho", afirmou Cunha.
O deputado acrescentou que pessoas da sua equipe "usavam a senha para poder trabalhar nas minhas coisas que têm a obrigação da senha". Cunha disse que a assessora Maria Cláudia Medeiros era uma das que trabalhavam com sua senha pessoal.
Questionado sobre requerimentos apresentados pelo deputado Áureo Ribeiro (SD-RJ), que também parecem ter sido feitos em seu gabinete, como revelado pelo "O Globo", Cunha repetiu o argumento. "Pode, ao exemplo da Solange, ter sido a assessoria do meu gabinete. Acabariam tendo minha senha", disse.
Cunha afirmou ainda que esses casos reforçam a importância do recente ato baixado pela mesa diretora da Câmara para disciplinar o uso das senhas dos deputados.