Chefe de editora diz ter recebido por reportagens encomendadas
O coordenador-geral da Editora Gráfica Atitude, Paulo Roberto Salvador, afirmou nesta segunda-feira (13), em depoimento à Justiça Federal, que os pagamentos do empresário Augusto Mendonça, delator da Operação Lava Jato, à editora foram para patrocinar "jornalismo pago", com reportagens de interesse do setor do petróleo.
Segundo a delação premiada de Mendonça, os repasses de R$ 2,4 milhões de suas empresas à editora ligada ao ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto foram usados para pagar propina à diretoria de Serviços da Petrobras, cujo operador, segundo o Ministério Público Federal, era Vaccari. Mendonça disse ter procurado a editora após pedido do ex-tesoureiro.
O depoimento de Salvador foi dado em uma das ações penais contra Vaccari na Operação Lava Jato. Ele afirmou que não houve intermediação do petista nos dois contratos com as empresas de Mendonça.
Disse ainda que não foram veiculadas publicidades das empresas e que não houve prestação de contas dos contratos. Segundo ele, Mendonça procurou a editora para encomendar reportagens favoráveis ao setor do petróleo.