Não me considero um cara capaz de mudar as coisas, diz Datena
Âncora foi convidado para concorrer à Prefeitura de São Paulo
Apesar dos convites, o âncora do "Brasil Urgente" (Band), José Luiz Datena, 58, diz que concorrer à Prefeitura de São Paulo em 2016 não está nos seus planos. Ele foi sondado por PSDB, PSB e PP.
"Não estou impelido a aceitar nenhum convite. Eu não me considero um cara capaz de mudar alguma coisa", diz.
Leia a entrevista que o apresentador concedeu à Folha por telefone.
Folha - Não vai disputar a Prefeitura de São Paulo?
Datena - Não tô impelido a aceitar nenhum tipo de proposta desde que me convençam de que eu possa realmente contribuir e fazer algo pela cidade. Mas até agora não faz parte dos meus planos.
Daria certo na política?
Sou um cara estourado. Eu estranharia o fato, por exemplo, de um marqueteiro tentar me transformar no que já falaram por aí de Datena "light". Eu não sou margarina, pô, jamais viraria Datena light.
E se o partido exigisse?
Você acha que algum partido é capaz de me controlar? Quando não concordei com ideias em emissora de televisão [Record], saí e paguei. Isso já disse para os caras [que me convidaram]: se vocês acham que vou ser uma pessoa que vocês querem e não a que sou, vamos parar a conversa por aqui.
O que você conversou com o governador Alckmin?
Foi uma visita após ele perder o filho [Thomaz, em um acidente em abril].
O Alckmin me contou uma história do Zé Bodinho, que confundiu a popularidade dele com a possibilidade de sair candidato. Depois, disse: "Eu era um santo, foi só eu ser político e descobri num mês que era corrupto, no outro, que era corno". Não quis mais saber disso.