País tem que se livrar da 'praga' do PT, diz Alckmin
Para o governador, 'é tempo de honestidade'
O governador Geraldo Alckmin (PSDB) subiu o tom das críticas ao governo federal neste sábado (29) e comparou o PT a uma "praga". A declaração foi dada em Cuiabá, durante discurso no evento que marcou a filiação do governador de Mato Grosso, Pedro Taques, ao PSDB.
"Temos que nos livrar dessa praga que é o PT. O PT do desemprego, da inflação, dos juros pornográficos e dessa praga do desvio do dinheiro público. Hoje é tempo de honestidade", disse Alckmin.
O evento reuniu a cúpula do partido. Estavam lá os senadores Aécio Neves (MG) e José Serra (SP), além dos cinco governadores tucanos. À imprensa Alckmin defendeu a necessidade de mais investigações, mas também cobrou a "governabilidade" no país.
"É preciso investigar, investigar e investigar. Enquanto isso, governabilidade. Nós somos governantes e o Brasil precisa funcionar", afirmou.
Indagado sobre suas divergências com Alckmin sobre os pedidos de impeachment da presidente Dilma Rousseff, Aécio disse ver "convergências" entre eles.
Aliados de Aécio já defenderam a renúncia de Dilma e de seu vice, Michel Temer, para que uma nova eleição fosse convocada, mas Alckmin é cauteloso sobre um impeachment agora, quando ele não teria condições de deixar o governo paulista para disputar a indicação do PSDB e se candidatar à Presidência.
"Para nós, qualquer desfecho para a gravíssima crise em que o governo do PT mergulhou o Brasil se dará dentro daquilo que prevê a Constituição", afirmou Aécio.
Ao discursar, ele disse que o PSDB é, hoje, "a esperança dos brasileiros de acabar com este ciclo perverso de governo do PT para introduzirmos no Brasil um novo momento, onde a ética e a eficiência possam caminhar juntas".
Para o senador José Serra, o país vive um "impasse muito sério". "Não se trata apenas de uma crise política. Temos também crises econômica, social e moral, todas convergindo. E a consequência disso é o desemprego, que avança avassaladoramente."