Suspeito
Procurador-geral quer prorrogar as investigações contra Renan
É a 3ª extensão de prazo que ele pede; caso começou a ser apurado em março
Pedido também vale para outros oito políticos suspeitos de participação nas fraudes na Petrobras
DE BRASÍLIA - O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou nesta quarta (2) um pedido ao STF (Supremo Tribunal Federal) para prorrogar as investigações da suposta ligação do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e outros oito políticos com o esquema de corrupção da Petrobras.
Essa é a terceira extensão de prazo que Janot pede no caso, que começou a ser apurado em março. Renan foi citado por delatores como integrante do "núcleo político" de uma quadrilha que desviou recursos da estatal e beneficiário de propina.
Ao lado de outros peemedebistas, disseram, ele teria dado sustentação política para o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa.
Renan prestou depoimento à PF em Brasília na segunda (31). Ele nega as acusações.
No início, Renan fez coro com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e acusou Janot de agir politicamente. Depois, abandonou o embate com Janot e os ataques ao governo Dilma Rousseff.
Nos bastidores, Cunha diz que houve um acordão para preservá-lo, o que Janot nega.
Os outros citados no pedido são os senadores Valdir Raupp (PMDB-RO), Edson Lobão (PMDB-MA) e Fernando Bezerra (PSB-PE); os deputados Aníbal Gomes (PMDB-CE), Simão Sessim (PP-RJ) e José Mentor (PT-SP); e os ex-deputados João Pizzolatti (PP-SC) e Roberto Teixeira (PP-PE).