Outro lado
Não há 'sequer uma única indicação de prova', diz defesa de João Vaccari
"Em que pese essa respeitável sentença estar lançada em 350 páginas, não se verifica, em nenhuma delas, sequer uma única indicação de qualquer prova que pudesse dar suporte a tal condenação", afirmou, em nota, o advogado Luiz Flávio Borges D'Urso, que defende o ex-tesoureiro do PT João Vaccari.
D'Urso classificou a sentença como "grave equívoco", pois seria baseada só em delações. Ele citou que a lei "expressamente estabelece que não poderá haver condenação baseada exclusivamente em informações prestadas por delator".
Afirmou ainda que o juiz ignorou trechos das delações que isentam Vaccari.
O doleiro Alberto Youssef, disse, afirmou que nunca esteve com Vaccari. O ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco, citou, foi "taxativo" ao dizer que Vaccari nunca pediu propina. E o executivo Augusto Mendonça, finalizou, afirmou não saber se Vaccari tinha conhecimento da origem dos recursos doados ao PT.
O PT também defendeu seu ex-tesoureiro. Em nota em que chama a condenação de "injusta", o presidente da sigla, Rui Falcão, fala em tentativa de "criminalizar" o partido.
Diz que Vaccari só indicava aos doadores as contas do partido. E que os valores são semelhantes aos recebidos por outras siglas.
A defesa de Renato Duque não comentou. No processo, negou as acusações e disse que não há "ato de ofício" que o comprometa.
A defesa de Adir Assad afirma que ele foi envolvido no caso por só um dos delatores. Diz que a permanência dele na cadeia é uma forma de pressionar pela delação.
O advogado Antônio Figueiredo Basto, que defende Youssef, Barusco e Julio Camargo, considerou a decisão "satisfatória" porque respeita os acordos de colaboração.
Os outros advogados não foram localizados.