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PSD fará eleição 'a reboque' na Grande SP

Partido de Kassab, que tem 9 pré-candidatos a prefeito nas 39 nas cidades da região, deve priorizar aliança com PT

Além da capital, onde Kassab articula chapa com Fernando Haddad, PSD pode se unir a petistas em 15 cidades

DANIEL RONCAGLIA
DE SÃO PAULO

Neófito em eleições, o PSD vai estrear como coadjuvante no berço político de seu idealizador, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab.

O partido tem até agora nove pré-candidatos a prefeito nas 39 cidades que formam a Grande São Paulo. Das quatro prefeituras que administra, a sigla tem chance real de manter o poder em duas.

Com umas das maiores bancadas na Câmara dos Deputados, o PSD deve ficar atrás de partidos como PTB, PR e PV em candidatos na região, que conta com mais de 19,6 milhões de habitantes -cerca de 48% do Estado.

E isso em cidades onde a televisão tem pouca influência eleitoral, porque as principais emissoras exibem a propaganda da capital.

Por ter sido criada no ano passado, a legenda tem espaço de nanico na televisão.

Além de estrear "a reboque", o PSD terá o PT de Lula e Dilma como seu principal aliado. Sem contar São Paulo, onde Kassab articula a indicação do vice do petista Fernando Haddad, não está descartada a aliança em pelo menos 15 cidades.

As negociações acontecem nos maiores municípios da região, como Santo André, Diadema e Mauá. Em Guarulhos e Carapicuíba, o PT terá alguém do PSD como vice.

A principal das alianças visa a reeleição do prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho (PT), cotado para ser o candidato lulista ao governo de São Paulo em 2014.

Até o prazo de registro, o número de candidatos do PSD ainda pode ficar menor.

Em Taboão da Serra, por exemplo, o vereador afastado José Luis Elói condicionou a sua entrada na disputa ao desdobramento de ação a que responde por suspeita de integrar um esquema de fraude no IPTU. Em 2011, ele ficou preso por três meses.

O presidente da Câmara Municipal de São Paulo, José Police Neto, um dos coordenadores do PSD para a região, diz que o importante é o partido fechar alianças com chapas consideradas favoritas.

De acordo com ele, o PSD conseguirá eleger bom número de vice-prefeitos e possíveis presidentes de Câmara.

"A gente pode parecer pequeno, mas na hora do resultado final tem que ser grande", diz o vereador.

Police acredita que a sigla será a terceira força na Grande São Paulo após a eleição.

O presidente do PSD de Osasco, Lau Alencar, afirma que o partido foi prejudicado por ter conseguido o registro dias antes do prazo legal.

Ele cita o caso do prefeito de Santana de Parnaíba, que vai disputar a reeleição pelo DEM. "Ele estava praticamente com um pé no partido, mas no último instante a filiação acabou não acontecendo."

Segundo o presidente do PT de São Paulo, Edinho Silva, os acordos são parte fundamental do sonho petista de tirar os tucanos do governo.

"A aliança é natural porque o PSD tem apoiado o governo Dilma", afirma.

O secretário-geral do PSDB paulista, Cesar Gontijo, lembra que os tucanos deverão ter o maior número de candidatos em todo o Estado.

"Temos na região lideranças fortes como ex-prefeitos e deputados", diz.

Por ora, os tucanos podem se aliar com o PSD em Mogi das Cruzes. Já PT e PSDB vão repetir, na Grande SP, a polarização federal com mais de 30 candidatos cada um.

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