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Indústria para no Sudeste e cai 5% no Nordeste em 2011

Setor automotivo faz produção em SP ficar abaixo da média nacional

Para economista, indústrias de São Paulo, Rio e Minas deverão reagir antes a estímulos adotados pelo governo

MARIANA CARNEIRO
DE SÃO PAULO

A estagnação da produção no Sudeste e a queda da atividade nas fábricas do Nordeste explicam o resultado fraco da indústria brasileira no ano passado.

O IBGE divulgou ontem que a produção industrial em São Paulo, Minas e Rio -60% da indústria do país- fechou o ano perto de zero. Já no Nordeste, a queda da atividade foi de quase 5%.

As razões são conhecidas: maior concorrência com importados, dificuldade de exportar devido à crise externa e aperto doméstico (juros em alta e restrições ao crédito).

O resultado de São Paulo (0,2%) ficou ligeiramente abaixo da média nacional (0,3%). Entre abril e dezembro, a produção paulista caiu 6,5%, enquanto a média nacional recuou 2,8%.

Segundo o pesquisador do IBGE André Macedo, isso se explica devido à queda da produção de veículos em São Paulo (-3%). No Brasil, o setor teve alta de 2,4%, graças à fabricação de caminhões.

Uma das explicações é a elevação dos estoques de automóveis no final do ano, o que contagiou também a indústria em Minas Gerais.

No Nordeste, o mau desempenho dos setores têxtil e de calçados afetaram a indústria no Ceará e em Pernambuco.

Para o economista Júlio Gomes de Ameida, do Iedi (Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial), a indústria tende a se recuperar mais rápido no Sudeste.

Isso porque as indústrias da região deverão responder com mais intensidade às medidas de estímulo anunciadas pelo governo, como redução dos juros e incentivos fiscais. No Nordeste, o único alívio, diz Almeida, virá do aumento do salário mínimo.

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