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Painel

RENATA LO PRETE painel@uol.com.br

Cachorro grande

Enquanto o público se distrai com a cobiça de cargos mais ou menos miúdos por partidos aliados, expoentes da bancada petista lutam com unhas e dentes para emplacar seus indicados em postos de comando no Banco do Brasil. Contrariado nesse intento, o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), abortou anteontem a votação do projeto criador do fundo de previdência dos servidores, matéria cara ao Planalto.
Além de inconsistências curriculares, os nomes colocados na mesa pelos deputados petistas têm em comum ligações com pessoas empenhadas em desestabilizar o presidente do BB, Aldemir Bendine.

Pegou O Coaf, órgão de inteligência financeira ligado à Fazenda, dispõe de dados sobre movimentações atípicas que teriam sido realizadas por Allan Toledo, exonerado em dezembro da vice-presidência de Atacado, Negócios Internacionais e Private Bank do BB. Toledo militava na oposição a Bendine.

Pai de todos Na superfície se vê a briga geral pelos cargos. No subterrâneo, o principal personagem da campanha para derrubar Bendine é o presidente da Previ, Ricardo Flores.

Arqueologia O primeiro petebista a falar em Luiz Felipe Denucci para comandar a Casa da Moeda, em 2008, foi Gim Argello (DF). Na época, o senador disse a correligionários ter ouvido o nome na Casa Civil, onde então pontificava Dilma Rousseff. Agora, ninguém assume a paternidade da indicação de Denucci, demitido por suspeita de desvio de dinheiro.

Palanque Na Bahia mergulhada na greve e em vários Estados onde a Polícia Militar ameaça parar, há uma série de candidatos a vereador dentro da corporação.

Sem clima Tanto o Planalto como o governo do Rio avaliam que, à diferença do ocorrido na paralisação de 2011 dos bombeiros, eventual greve da PM agora não contaria com simpatia popular.

Linha direta Por solicitação do Ministério do Planejamento, o TST passará a alimentar o Siafi com seu cadastro de empresas que têm dívidas trabalhistas -mais de um milhão em todo o país. Elas estão impedidas de participar de licitações públicas.

Oremos 1 A onda de ataques de líderes evangélicos a Fernando Haddad antecipou a entrada de João Santana na campanha. O marqueteiro foi acionado para traçar estratégia de resposta às críticas ao "kit gay". Disseminada na internet, a ofensiva ganhou corpo com as declarações do senador Magno Malta (PR-ES), que prometeu derrotar o ex-ministro nas urnas.

Oremos 2 O QG petista usará redes sociais para explicar como o MEC agiu no caso. Haddadistas enxergam na origem da "guerra santa" o mesmo grupo que liderou campanha virtual sobre o aborto e apoiou José Serra na disputa presidencial de 2010.

2 em 1 Ligado à Igreja Universal, o PRB decidiu levar a reuniões nas quais discute alianças para a eleição paulistana um representante da direção da TV Record.

Último a saber Elaborado pela Secretaria de Assuntos Estratégicos, o relatório crítico ao programa Um Computador por Aluno chegou à imprensa antes de passar pelo Ministério da Educação.

Atlas Um gavião fiel foi conferir o samba-enredo de sua escola em homenagem a Lula e descobriu que a letra trata o ex-presidente como "filho do sertão". O ex-presidente petista, porém, nasceu no agreste de Pernambuco.

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tiroteio

"Não podemos entrar nos grandes eventos, como Copa e Olimpíada, sem um acordo entre governadores sobre como tratar da crise da segurança pública."
DO DEPUTADO JOSÉ GENOINO (PT-SP), identificando estratégia dos PMs grevistas de se aproveitar da proximidade de datas como o Carnaval e a conferência Rio + 20 para fazer valer suas reivindicações.

Contraponto

Tudo menos isso

Enquanto participava de discussão sobre uma emenda constitucional na Comissão de Finanças da Câmara, Vaz de Lima (PSDB-SP) teve o microfone cortado mais de uma vez pela interferência do celular do colega Lucio Vieira Lima (PMDB-BA), que não parava de tocar.
-Presidente, estou sofrendo bullying do deputado Lúcio!- protestou, brincando, o tucano.
O peemedebista afetou indignação, levando o plenário da comissão às gargalhadas:
-Deputado, eu jamais "bolinaria" Vossa Excelência!

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