Índice geral Poder
Poder
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Presidente da Câmara afirma que não tem de obedecer ao Planalto

Após fracasso em nomeação de aliado, Maia suspende votação de interesse do governo

MARIA CLARA CABRAL
DE BRASÍLIA

As insatisfações dentro dos partidos que integram a base aliada da presidente Dilma Rousseff foram expostas na primeira semana de trabalho no Congresso e ameaçam o calendário de votações.

O presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), não escondeu sua insatisfação. Anteontem, durante sessão que deveria ser votado projeto de lei que cria o fundo de previdência complementar dos servidores, o petista abandonou a presidência da Casa e determinou que as votações fossem encerradas.

Maia trabalhava para que Sérgio Nazaré, um indicado seu, fosse promovido no Banco do Brasil, o que não ocorreu. Ontem, Maia negou que estivesse descontente, mas insinuou que pode criar problemas para o governo no Congresso.

"Venho conduzindo a Câmara da forma mais democrática possível, mas não necessariamente me submetendo. A decisão do que vai à pauta cabe ao presidente. O governo tem a sua opinião, mas não sou obrigado a todo momento a cumprir a sua determinação", disse.

A posição de Maia serviu para intensificar o racha no PT, já que aliados do presidente da Câmara creditaram o vazamento das informações sobre seu apadrinhado no Banco do Brasil à corrente no partido ligada ao líder do governo, Cândido Vaccarezza (PT-SP).

Vendo o imbróglio, a ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais) convocou uma reunião com os líderes aliados na manhã de ontem. Prometeu que todos os pleitos seriam atendidos e pediu empenho dos deputados.

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.