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Petista corta investimentos na Transnordestina

Presidente visita canteiro da ferrovia e diz que custo não pode subir indefinidamente

FLÁVIA FOREQUE
ENVIADA ESPECIAL A PARNAMIRIM E SALGUEIRO (PE)
LÚCIO VAZ
DE BRASÍLIA

A presidente Dilma Rousseff visitou ontem as obras da ferrovia Transnordestina, que recebeu menos investimentos no primeiro ano de seu governo: em 2011 foram aplicados R$ 943 milhões, ante R$ 1,55 bilhão em 2010.

O Ministério dos Transportes alega que a aquisição de trilhos, o início das atividades do canteiro industrial e a abertura de novas frentes pesaram nos gastos de 2010.

A construção foi iniciada em 2006, com orçamento de R$ 4,5 bilhões. Após acréscimos de valores em 2008 e 2011, o preço ficou estipulado em R$ 6,7 bilhões -49% acima do inicial. Ao visitar as obras entre Parnamirim e Salgueiro (PE), ela disse que o custo não poderá continuar subindo "indefinidamente".

"Nós não pretendemos ficar elevando indefinidamente o preço dessa ferrovia. A gente sabe que uma ferrovia deste tamanho, desta dimensão, tem sempre coisas não planejadas que ocorrem. Mas nós temos hoje certeza de que os nossos orçamentos estão bem próximos da realidade."

Com 1.728 km de extensão, a ferrovia ligará o interior nordestino aos portos de Pecém (CE) e Suape (PE). A meta é transportar até 30 milhões de toneladas de grãos por ano. Mas, por enquanto, apenas 170 quilômetros estão prontos. Outros 45% do total estão com infraestrutura montada, mas ainda sem trilhos.

O prazo para a conclusão da obra tem sido ampliado. No segundo balanço do PAC, em 2007, a data prevista era o quarto semestre de 2010. No segundo balanço do PAC 2, o prazo passou para dezembro de 2014. Ontem, Dilma disse que "hoje a meta é ter a ferrovia pronta no final de 2013", após reunião com diretores da Transnordestina Logística e da Odebrecht.

Segundo o Ministério dos Transportes, já foram investidos R$ 3 bilhões. A obra só começou a ganhar ritmo em 2009. A Transnordestina obteve financiamentos de BNDES e Banco do Nordeste.

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