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Pela 1ª vez, Alckmin admite rever prévias DANIELA LIMADE SÃO PAULO CATIA SEABRA DE BRASÍLIA Pela primeira vez desde que o nome do ex-governador José Serra voltou à cena da disputa municipal, o governador Geraldo Alckmin admitiu publicamente que uma candidatura de seu antecessor pode mudar as prévias do PSDB, marcadas para o dia 4 de março. Ontem, em entrevista, Alckmin reafirmou a data da consulta interna, mas ressaltou que "caso Serra decida ser candidato", precisará "conversar" com os quatro pré-candidatos que hoje estão inscritos na disputa. "As prévias estão mantidas. Caso o Serra resolva ser candidato, ele vai comunicar o partido, os pré-candidatos e vamos conversar", disse. O desejo do governador é que Serra oficialize sua decisão antes de março, mas o partido já busca novas estratégias para o caso de ele postergar o anúncio. Na bancada de vereadores, por exemplo, é majoritária a posição de que a sigla faça a consulta interna para não desmoralizar a militância e, depois, promova negociação entre Serra e o vencedor. A cúpula do partido se esforçaria, então, para descarregar votos nos pré-candidatos Bruno Covas e Andrea Matarazzo, ambos considerados mais suscetíveis a um apelo da sigla em prol de Serra. Nesse cenário, Bruno Covas leva uma vantagem entre os alckmistas. Matarazzo é amigo de Serra e aliados do governador temem que, com uma vitória dele, o processo fique concentrado nas mãos de Serra e ganhe um desfecho diferente do planejado. Já a escolha de Covas asseguraria a Alckmin a condução das negociações. Segundo tucanos, é o único que tem admitido a possibilidade de renunciar em apoio a Serra. Mesmo reconhecendo que a jogada é arriscada, tucanos consideram a opção por Bruno Covas menos tensa do que pelos demais candidatos. Os outros dois inscritos, o secretário estadual José Aníbal (Energia) e o deputado Ricardo Trípoli, já avisaram que não pretendem abrir mão da disputa em favor de Serra. Defendem que o ex-governador participe das prévias caso decida ser candidato, hipótese descartada por serristas. Ontem, as assessorias de Aníbal e Trípoli informaram que os pré-candidatos não aceitam negociar compensação com o governo em troca da retirada de seus nomes. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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