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Jornalista do Pará é condenado a indenizar dono de empreiteira

DE BELÉM - O jornalista Lúcio Flávio Pinto, 62, foi condenado a pagar R$ 8.000 de indenização a um empresário citado em reportagem sobre grilagem de terras na Amazônia.

Foi a primeira derrota judicial definitiva do jornalista paraense, que edita há 25 anos o "Jornal Pessoal". A publicação, quinzenal, tem uma tiragem de 2.000 exemplares.

Na semana passada, Flávio Pinto teve recurso negado pelo Superior Tribunal de Justiça e desistiu de recorrer da condenação. Ele se diz perseguido pelo Judiciário do Pará devido a reportagens com denúncias contra desembargadores.

"Com o tempo, passei a não acreditar na Justiça", disse. O processo em que foi condenado foi movido em 2000 pelo empresário Cecílio do Rego Almeida, morto em 2008. O texto acusava Almeida de grilar 4,7 milhões de hectares no Pará.

Em novembro de 2011 a Justiça decidiu que a empresa do grupo CR Almeida (que atua nas áreas de construção, concessões e logística) não era a dona da área em questão e cancelou o registro do imóvel.

O jornalista diz que respondeu a 33 processos motivados por sua atuação profissional, mas esta foi a primeira condenação transitada em julgado.

Ele abriu uma conta para receber doações que o ajudem a pagar a indenização: "A Justiça faz o jogo da perseguição política. Ela está calando a imprensa". O Tribunal de Justiça do Pará informou que não se manifestaria. O grupo CR Almeida não respondeu até a conclusão desta edição.

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