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Em Minas, políticos viram alvo de blocos de Carnaval

Marchinhas vencem concurso com crítica a atos de prefeito e presidente da Câmara

'Na Coxinha da Madrasta', por exemplo, faz chacota contra ato de Léo Burguês, presidente do Legislativo, que não quis comentar

João Miranda - 12.fev.12/"O Tempo"
Foliões do bloco Mamá na Vaca desfilam em Santo Antonio, em BH, ao som da marchinha "Na Coxinha da Madrasta"
Foliões do bloco Mamá na Vaca desfilam em Santo Antonio, em BH, ao som da marchinha "Na Coxinha da Madrasta"

PAULO PEIXOTO
DE BELO HORIZONTE

Políticos de Belo Horizonte foram parar na berlinda no Carnaval da capital mineira. O prefeito Marcio Lacerda (PSB) e o presidente da Câmara Municipal, Léo Burguês (PSDB), viraram temas em marchinhas irreverentes e críticas aos dois políticos.

Ambos são alvo de ativistas que participaram recentemente de um concurso de marchinhas e, há três anos, fizeram ressurgir o Carnaval de rua em bairros tradicionais de Belo Horizonte, como Santa Tereza e Santo Antônio.

"Na Coxinha da Madrasta", a marchinha campeã do concurso, é um protesto contra ato do presidente do Legislativo. Foi hit nas prévias de blocos como Tetê a Santa e Mamá na Vaca.

A letra faz chacota dos gastos de Burguês com lanches na loja da madrasta -R$ 62 mil desde 2009 (R$ 1.500 por mês) em recursos da verba indenizatória para custeio do mandato. O jornal "O Tempo" revelou o fato.

Já Lacerda entrou na mira de ativistas e produtores culturais desde que tentou fixar regras para manifestações na praça da Estação, no centro.

Sem citar o nome do prefeito, a "Marcha da Estação" diz, em dó maior e melodia simples: "Começa com 'eme', termina com 'erda', adivinha o que que é!"

A tentativa de restringir o uso da área levou à criação da "Praia da Estação", movimento em que ativistas em trajes de banho promovem ocupações da praça de BH.

A marchinha terceira colocada, "Plaza de la Estación", também trata do assunto.

As novas regras de ocupação da praça foram derrubadas pela Câmara.

Lacerda disse à Folha que "marchinhas irreverentes serão sempre bem-vindas". "Fazem parte do nosso folclore".Burguês, segundo a assessoria, não quis comentar.

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