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Série sobre patrimônio de Palocci vence o Grande Prêmio Folha

Reportagens publicadas em junho e julho de 2011 revelaram que o então titular da Casa Civil havia montado uma consultoria e multiplicado o patrimônio ao mesmo tempo em que atuava como deputado e coordenava a campanha de Dilma Rousseff

Produção da série, que levou à queda do ministro, consumiu três meses de apuração e recebeu o Prêmio Esso de Jornalismo

DE SÃO PAULO

O trabalho vencedor do Grande Prêmio Folha de Jornalismo de 2011 mudou o rosto do governo Dilma Rousseff logo na largada e fez com que a presidente inaugurasse a chamada "faxina'', que levou à queda de seis ministros no primeiro ano de mandato.

A série de reportagens "O patrimônio e as consultorias que derrubaram Palocci", publicadas de 15 de junho a 8 de julho, revelou que o titular da Casa Civil e ministro mais poderoso do governo havia montado uma empresa de consultoria e ficado milionário ao mesmo tempo em que atuava como deputado federal e coordenava a campanha presidencial de Dilma.

A primeira reportagem, de Andreza Matais e José Ernesto Credendio, mostrou que Antonio Palocci multiplicou por 20 seu patrimônio, com a compra de dois apartamentos de luxo, um deles no valor de R$ 6,6 milhões.

O governo tentou blindar Palocci, mas novo furo em 20 de maio, da repórter Catia Seabra, mostrou que Palocci arrecadou no ano eleitoral de 2010 cerca de R$ 20 milhões.

Por causa das revelações, Palocci caiu em 7 de junho.

A produção da série consumiu três meses de apuração, envolvendo varreduras cartoriais, entrevistas e viagens dos três repórteres em busca de informações e documentos que comprovassem o enriquecimento do ministro.

A série recebeu ainda o Prêmio Esso de Jornalismo.

OUTRAS CATEGORIAS

O Prêmio Folha de Jornalismo foi criado em 1993. Em 2011, foram inscritos 397 trabalhos, em seis categorias.

O Prêmio Folha de Reportagem foi concedido ao jornalista André Caramante, pela reportagem "Estrebucha!, diz PM a baleado agonizante", publicada em agosto.

Vídeo exclusivo veiculado na Folha.com, mostrou policiais militares xingando e debochando de dois acusados de roubo após baleá-los.

A TV Folha recebeu o Prêmio Folha de Jornalismo Categoria Especial. Sob a coordenação de João Wainer e Diogenes Muniz, a iniciativa mudou a linguagem de video-reportagens de sites, tornando-a mais ágil e moderna.

Também cravou furos, como a entrevista em que o então ministro Nelson Jobim (Defesa) dizia ter votado em José Serra, e não em Dilma.

Foram contemplados ainda trabalhos de Edição, Fotografia, Arte e Serviço.

A Comissão Julgadora foi formada por Rogério Gentile, secretário de Redação da área de Edição; Suzana Singer, ombudsman da Folha; Mauro Paulino, diretor-geral do Datafolha; Taís Gasparian, advogada da Folha, e Antonio Prata, colunista do jornal.

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