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Marta participará da campanha, diz Haddad

'Ela vai acordar de mãos dadas comigo', diz petista ao se referir à ex-prefeita, que via aliança com Kassab como 'pesadelo'

Entrada de Serra na disputa afasta prefeito de acerto com petistas, que devem enterrar hoje chance de aliança

Danilo Verpa/Folhapress
Pré-candidato petista à Prefeitura de SP, Fernando Haddad cumprimenta eleitor em visita ao bairro de M'Boi Mirim ontem, na zona sul da capital
Pré-candidato petista à Prefeitura de SP, Fernando Haddad cumprimenta eleitor em visita ao bairro de M'Boi Mirim ontem, na zona sul da capital

UIRÁ MACHADO
DE SÃO PAULO
CATIA SEABRA
DE BRASÍLIA

Em visita à periferia de São Paulo ontem, Fernando Haddad, o pré-candidato do PT à prefeitura, disse não ter "a menor dúvida" de que a ex-prefeita Marta Suplicy participará de sua campanha.

Há duas semanas, Marta condicionou seu embarque na campanha ao desfecho das negociações com o prefeito Gilberto Kassab (PSD).

Na ocasião, comparou as negociações a um "pesadelo" e disse temer "acordar de mãos dadas" com Kassab. "Ela vai acordar de mãos dadas comigo", disse Haddad.

A declaração do pré-candidato ocorre quando um acerto com Kassab já havia se tornado altamente improvável, devido à decisão de José Serra (PSDB), aliado do prefeito, de disputar a prefeitura.

Hoje pela manhã, o conselho político da campanha de Haddad deve sepultar as negociações com Kassab, que começaram após encontro do prefeito com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A entrada de Serra na disputa reaproxima Kassab dos tucanos. Segundo interlocutores, Haddad reconhece que não pode mais esperar a adesão do prefeito.

LARGADA

Pouco conhecido, com intenções de voto de um dígito no Datafolha, o ex-ministro da Educação deu a largada ontem na maratona pelas 31 subprefeituras da capital.

A primeira parada foi o Jardim Ângela, na região do M'Boi Mirim (zona sul). A periferia paulista é tradicional reduto do PT, mas Haddad ainda não é um nome conhecido pelos militantes.

Questionado se a intenção era torná-lo mais conhecido, negou. "Não é esse o objetivo, nem poderia ser. O objetivo é colher subsídios para o programa de governo."

De acordo com a última pesquisa Datafolha, mais de 60% dos entrevistados afirmam não conhecer o pré-candidato do PT. Os maiores percentuais estão nas populações de menor poder aquisitivo, concentradas nas periferias leste e sul da cidade.

Após caminhar pelo bairro, Haddad participou de plenária com cerca de 120 militantes. Ouviu principalmente reclamações sobre hospitais, creches e transportes, além de críticas a uma possível aliança com Kassab.

O pré-candidato petista aproveitou a deixa para reafirmar que nunca houve aproximação formal de Kassab e que sua campanha manterá como prioridade buscar partidos que apoiam Dilma Rousseff (PT) no plano nacional.

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