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Juíza condena Waldomiro Diniz a doze anos de prisão

Vídeo de 2002 mostra presidente da Loterj pedindo propina a empresário

Caso, revelado em 2004, foi o primeiro escândalo de corrupção do governo de Luiz Inácio Lula da Silva

DO RIO

O ex-assessor do Palácio do Planalto Waldomiro Diniz foi condenado pela juíza Maria Tereza Donatti, da 29ª Vara Criminal do Rio, por corrupção e fraude em licitação quando era presidente da a Loterj (Loteria do Estado do Rio de Janeiro), em 2002.

O caso refere-se ao suposto pedido de propina ao empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, revelado em fevereiro de 2004 -o primeiro escândalo de corrupção do governo Lula.

Segundo o Ministério Público do Rio, Waldomiro pediu R$ 1,7 milhão ao empresário como propina e para abastecer campanha eleitoral de políticos. Em troca, Cachoeira obteve a alteração de item do edital de licitação para favorecer sua empresa.

A Justiça condenou Waldomiro a 12 anos de reclusão, em regime fechado, e a três de detenção, em regime semiaberto, e multa de R$ 319.280. Parte dela será destinada à Secretaria de Saúde.

A pena de Carlinhos Cachoeira é de oito anos de reclusão, em regime fechado, dois anos e meio de detenção, em regime semiaberto, e multa de R$ 184.520 -parte para a Secretaria de Educação.

Os dois podem recorrer em liberdade. O Ministério Público afirmou que vai pedir aumento da pena dos acusados.

A Folha deixou recado para os advogados dos dois condenados, mas não houve retorno até a conclusão desta edição. No processo, Waldomiro negou ter solicitado propina. Cachoeira, por sua vez, afirmou que apenas simulou concordar com o pedido, sem concretizar o pagamento.

O caso foi revelado após divulgação de vídeo da reunião entre os dois, na qual Waldomiro pede a propina. Na época ele era subchefe de Assuntos Parlamentares da Presidência, por indicação do então chefe da Casa Civil, José Dirceu.

(ITALO NOGUEIRA)

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