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Outro lado

Frigorífico nega triangulação para beneficiar ex-dirigente de banco

DE BRASÍLIA

O frigorífico Marfrig confirma ter realizado transferências ao empresário Wanderley Mantovani, mas nega ter participado de triangulação para fazer esses recursos chegarem ao ex-vice do Banco do Brasil Allan Toledo.

Segundo a empresa, as transações com Mantovani se referem a adiantamento pela "promessa de cessão e transferência" de cotas da usina de biodiesel Biocamp (MT).

O controlador do Marfrig, Marcos Molina, já detém 22% do capital social da usina. Mantovani é sócio minoritário, com 12% de participação. A transação das cotas não foi registrada na Junta Comercial do Mato Grosso, diz o grupo, porque não foi concretizada.

"A compra depende da conclusão de uma auditoria, necessária para a transação porque o Marfrig é empresa de capital aberto", declarou a assessoria do grupo.

Mantovani confirma o negócio, mas diz que a transação nada tem a ver com o Marfrig. Por meio do advogado, o empresário diz que a transferência das cotas foi feita com Molina, como pessoa física.

"Nessa empresa de biodiesel, o senhor Montovani tem negócios com o senhor Molina, mas não com o Grupo Marfrig", disse o advogado José Roberto Batochio.

Questionado se Molina passou o dinheiro ao cliente, que usou a quantia para comprar uma casa, Batochio diz que "é por aí".

Toledo afirma ter recebido a quantia em razão da venda da casa porque é procurador e herdeiro da aposentada Liu Mara Zerey, dona do imóvel.

A aposentada diz não conhecer o suposto comprador, mas confirma a relação com Toledo e a venda do imóvel.

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