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Procurador que investiga Palocci pode ser processado

Defesa de ex-ministro acusa Paulo José Rocha de vazar informações

Acusação pode levar à abertura de uma ação criminal contra Rocha; procurador diz que não comentaria o assunto

ANDREZA MATAIS
JOSÉ ERNESTO CREDENDIO
DE BRASÍLIA

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, estuda abrir processo criminal contra o procurador que investiga a evolução patrimonial de Antonio Palocci, atendendo a pedido da defesa do ex-ministro da Casa Civil.

Segundo a defesa de Palocci, o procurador Paulo José Rocha vazou informação sigilosa do processo e desautorizou Gurgel ao propor a abertura de uma ação na área criminal, que havia sido descartada pelo procurador-geral.

A investigação cível contra Palocci tem como base reportagens da Folha que mostraram crescimento patrimonial do ex-ministro de 20 vezes em quatro anos. Ele se demitiu.

Na consultoria Projeto, Palocci faturou R$ 20 milhões num só ano, e sempre se negou a dizer quem eram seus clientes. A pedido de Rocha, o Ministério Público teve informações sobre os clientes.

A defesa representou no Conselho Nacional do Ministério Público contra Rocha, e o caso foi remetido à Corregedoria do Ministério Público.

O órgão arquivou o pedido relativo à suposta afronta ao procurador-geral, mas a acusação de vazamento de informação ainda está pendente e pode resultar em abertura de ação criminal contra Rocha. A decisão cabe a Gurgel.

Para provar a segunda suspeita, a defesa cita reportagens da Folha e da revista "IstoÉ", nas quais é dito que a Procuradoria achou indícios de crime.

Na reportagem da Folha, o chefe da Procuradoria confirma ter sido informado de novos fatos pelo Ministério Público e ter dado autorização para que a nova investigação fosse aberta.

Rocha disse que não comentaria o assunto por se tratar de tema sigiloso. A Corregedoria da Procuradoria não ligou de volta para a Folha.

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