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Para novo ministro, reforma agrária não é meta numérica

Em 2011, número de novos assentados foi o mais baixo desde 95

FELIPE BÄCHTOLD
DE PORTO ALEGRE
JOÃO CARLOS MAGALHÃES
DE BRASÍLIA

O novo ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, disse que o governo não pode pensar só na quantidade de novos assentamentos de reforma agrária pelo país. Para ele, é preciso "assentar com qualidade".

"Não adianta assentar 150 mil famílias, despejar esse pessoal na terra sem dar condições. Não só uma meta numérica. [Vamos pensar:] Assentamos de que forma?", disse à Folha.

Vargas foi indicado ao cargo na sexta-feira no lugar de Afonso Florence, que deixou o ministério depois de a pasta ter baixo rendimento.

Em 2011, o número de novos assentados foi o mais baixo desde 1995 e houve uma queda de 44% em relação ao ano anterior.

No sábado, a presidente Dilma Rousseff divulgou uma nota lamentando "interpretações" de que Florence havia sido demitido por ter fracos resultados e reiterou que ele deu uma "importante colaboração".

Vargas disse concordar com a nota e afirmou ainda que pretende atualizar os índices de produtividade agrários, usados para a escolha de terras passíveis de desapropriação.

Baseados no Censo Agropecuário de 1975, eles são um tabu do governo petista. Em 2009, quando o então presidente Lula prometeu que mudaria os parâmetros, a bancada ruralista, que ainda compõe boa parte da base aliada, reagiu e o tema nunca mais voltou à pauta.

"Temos que adequar esses índices ao novo padrão tecnológico. Quero discutir isso sob o viés econômico."

Deputado federal pelo PT, Vargas, 53, será o sexto ministro do Rio Grande do Sul, Estado onde Dilma construiu sua carreira política.

Vargas conheceu a presidente quando ela era secretária de Energia no Rio Grande do Sul, a partir de 1999. Na época, ele era prefeito de Caxias do Sul.

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