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Apesar da tensão, ministro passa ileso por depoimento no Senado

DE BRASÍLIA

Mesmo com o clima de tensão na base aliada, a oposição não conseguiu constranger o ministro Guido Mantega (Fazenda) ontem, durante audiência no Senado.

A oposição pretendia cobrar de Mantega respostas sobre as suspeitas de propina que levaram à demissão de Luiz Felipe Denucci na Casa Moeda e a respeito de disputas no Banco do Brasil.

A tentativa não deu certo. Mantega discorreu sobre a economia durante quase quatro horas, e as suspeitas de corrupção só foram abordadas em três momentos.

Em fevereiro, a Folha revelou que o ministro manteve Denucci no cargo mesmo depois de ter recebido informações sobre operações financeiras atípicas efetuadas no exterior por ele.

Ontem, pela primeira vez, Mantega confirmou que decidiu afastar Denucci depois de descobrir que a Folha investigava o suposto esquema de cobrança de propina de fornecedores da Casa da Moeda. "Apressamos a sua demissão", afirmou.

A respeito da disputa entre grupos petistas pelo comando do Banco do Brasil e da Previ (maior fundo de pensão da América Latina), o ministro atenuou: "Vejo uma tempestade em copo d'água. A equipe que esta lá é considerada muito eficiente."

Segundo o ministro, a crise foi provocada por "fofocas" de pessoas que estavam disputando cargos, o que o governo "não permitirá" que continue.

(JOSÉ ERNESTO CREDENDIO, LORENNA RODRIGUES E SIMONE IGLESIAS)

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