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Político ganha pouco, e 15º salário não é irregular, diz senador Ivo Cassol afirma que é necessário 'atender com passagem e dar remédio' para eleitores GABRIELA GUERREIRODE BRASÍLIA O senador Ivo Cassol (PP-RO) suspendeu ontem a votação do projeto que acaba com o pagamento dos 14º e 15º salários a deputados e senadores porque não considera o pagamento irregular. Ele pediu à Comissão de Assuntos Econômicos do Senado que adie a votação. "O político no Brasil é muito mal remunerado porque tem que atender com passagem, dar remédio, ser patrono de formatura. Se bater alguém na sua porta pedindo uma Cibalena [analgésico], você não vai dar?", disse. Cassol defendeu que os deputados e senadores contrários ao pagamento dos salários extras devolvam o dinheiro aos cofres públicos. "Quem foi contra no mínimo deveria ter devolvido o dinheiro aos cofres públicos e não devolveu. Estou pedindo vista do projeto, quero verificar onde isso começou." O projeto é da ministra e senadora licenciada Gleisi Hoffmann. Ela justificou a proposta dizendo que o pagamento só fazia sentido quando os meios de transportes eram mais difíceis. "Hoje os membros do Congresso Nacional têm a possibilidade de retornar à sua base eleitoral a cada semana, não se justificando, há muito, a manutenção do pagamento", disse a senadora. Relator do projeto, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) defendeu a aprovação: "Não é para ter aplauso fácil nas ruas. Estou convencido da necessidade de mudar a regra". Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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