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Eleições 2012 Rivais atacam, e Serra tenta justificar saída da prefeitura Tucano diz que petistas também deixaram mandatos pela metade em SE e RS Haddad, Russomanno e Chalita afirmam que ex-prefeito rasgou promessa de cumprir seu mandato até o fim BERNARDO MELLO FRANCODANIELA LIMA DE SÃO PAULO Os pré-candidatos mais cotados para enfrentar José Serra (PSDB) na eleição paulistana se uniram ontem para atacar o tucano pela declaração de que o documento que ele assinou prometendo não renunciar à prefeitura em 2006 era só "um papelzinho". Na segunda, Serra disse que o compromisso, assinado em sabatina na Folha em 2004, "não era nada". Ontem, voltou a justificar a saída como pressão do partido e afirmou que petistas de outros Estados também interromperam mandatos para disputar eleições. O pré-candidato Fernando Haddad (PT) disse que o tucano "fez pouco da boa-fé da população" ao renunciar. "Ele afirmou que o compromisso assumido não era importante por se tratar de um papelzinho sem valor. Compromisso público é para ser cumprido", disse, em entrevista à TV Gazeta. Gabriel Chalita (PMDB), que ontem recebeu o apoio do nanico PTC, também atacou o provável adversário. "Renegar a palavra dada, os compromissos assumidos e até a própria assinatura é um sinal de desrespeito com a cidade de São Paulo." Celso Russomanno (PRB) disse que Serra deveria "pedir desculpas" por ter deixado a prefeitura. "É um político que não cumpre nada do que diz. Será que todos os atos que ele assinou como prefeito e como governador também não tinham validade?", disse. Serra afirmou não ter usado o termo "papelzinho" de forma pejorativa na entrevista da véspera à Rádio Capital. "Se eu usei papel, papelzinho, não muda nada. [...] Assinar ou não assinar não faz diferença, [...] estava na televisão dito que eu não pretendia sair." Ele citou governadores petistas e tucanos que também deixaram mandatos de prefeito para se candidatar. "Aliás, [fiz] como Marcelo Deda (SE), Beto Richa (PR), Tarso Genro (RS)... Como dezenas de políticos no Brasil que deixaram a prefeitura para disputar o governo", disse. Aliados julgam que Serra deu munição a rivais ao chamar o documento de "papelzinho". Ele já ensaia uma vacina, dizendo que foi o governador que mais fez pela capital. Para isso, vai citar a duplicação da Marginal Tietê e a abertura de Etecs e Fatecs. "No governo do Estado eu fiz tanta coisa pela cidade como nunca se fez", disse ontem. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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