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Aliado a Serra em SP, Kassab avaliza apoio ao PT na Bahia

Prefeito diz que aliança com petistas é 'natural' porque o PSD apoia Dilma

'Na eleição deste ano, o interesse local vai prevalecer nas alianças do PSD', afirma Kassab sobre coligações no país

GRACILIANO ROCHA
DE SALVADOR

Principal aliado do tucano José Serra, o prefeito de São Paulo e presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, avalizou a aliança de seu partido com o PT para a eleição para a Prefeitura de Salvador -o terceiro maior colégio eleitoral em jogo neste ano.

Kassab foi à capital baiana para acompanhar, com o governador Jaques Wagner (PT), o anúncio do apoio de seu partido ao deputado petista Nelson Pellegrino. Ao discursar, o prefeito chamou o petista de "líder" e disse que os dois partidos buscarão estar juntos em 2014.

"Na eleição deste ano, o interesse local vai prevalecer nas alianças do PSD. Num país com a magnitude do Brasil é compreensível que os interesses locais não tenham semelhança em todos os cantos", disse Kassab.

Ao discursar, o prefeito disse que a aliança com os petistas em Salvador é "natural" porque a legenda já integra o governo estadual e também apoia a presidente Dilma Rousseff no Congresso.

Na Bahia, o PSD tem como líder o vice-governador Otto Alencar e se tornou um instrumento para Wagner enfraquecer a oposição. A legenda tem a segunda maior bancada da Assembleia -12 deputados, a maioria egressa de siglas que se opõem ao PT, como DEM e PSDB.

"Foi uma dádiva a criação do PSD na Bahia e no Brasil. A arte da política é juntar diferentes buscando o que pode nos aproximar", discursou Wagner, sobre a aliança.

O petista elogiou Kassab pelo comportamento em São Paulo -onde chegou a negociar apoio ao petista Fernando Haddad e depois recuou para apoiar Serra, seu padrinho político.

"Desde a primeira conversa que tivemos, o Kassab deixou claro que tinha um dever de lealdade com o ex-governador [Serra]", disse Wagner.

Pellegrino, que em 2012 disputará pela quarta vez a Prefeitura de Salvador, atribui a Kassab afinidades políticas com o PT: "Ele tem essa gratidão com o Serra, mas o coração dele bate para o lado de cá".

Já em São Paulo, no fim da tarde, Kassab disse que Serra deve ficar na prefeitura não quatro, mas oito anos.

Sobre o projeto de Serra de ser ser presidente da República, Kassab disse que acabou. "Eu tenho certeza de que quando chegar em 2016 ele vai estar tão empolgado que a cidade vai pedir para ele ficar mais quatro anos, e ele vai ficar", afirmou Kassab.

Colaborou EVANDRO SPINELLI, de São Paulo

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