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Ministério Público investiga repasses a rádio ligada a Aécio

Governo mineiro deu verbas de publicidade a emissora que pertence à família do ex-governador do Estado

Assessoria de senador afirma que se trata do mesmo caso que já foi levantado pela oposição há um ano e arquivado

PAULO PEIXOTO
DE BELO HORIZONTE

O Ministério Público de Minas Gerais abriu inquérito civil para investigar repasses feitos pelo governo mineiro entre 2003 e 2010 à rádio Arco-Íris, que pertence à família do senador Aécio Neves (PSDB-MG).

No período dos repasses, Aécio era governador do Estado e sua irmã, Andréa Neves, também sócia na rádio, comandava o chamado Grupo Técnico de Comunicação, que apontava as diretrizes e planos de comunicação do governo mineiro.

Aécio tornou-se sócio da rádio em dezembro de 2010. A rádio transmite a Jovem Pan em Belo Horizonte.

A assessoria de Aécio informou se tratar do mesmo caso que, há um ano, levou a oposição na Assembleia Legislativa a pedir investigação à Procuradoria-Geral de Justiça, já arquivada.

A oposição insiste na representação, levada agora à Promotoria de Defesa do Patrimônio Público. Afirma que pode ter havido ingerência na distribuição de verbas.

CRITÉRIOS TÉCNICOS

Em abril de 2011, quando a oposição tentou criar uma CPI na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, o governo informou que usa critérios técnicos para programar a publicidade.

Foram entregues documentos aos deputados afirmando que a Jovem Pan teve a sexta maior audiência "na maior parte de 2010", mas só foi a oitava rádio que mais recebeu em publicidade.

Em abril do ano passado, a assessoria do governo de Minas Gerais, informou que a rádio Arco-Íris recebeu R$ 210.693 em verbas publicitárias naquele ano.

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