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Empresários dizem que presidente estava descontraída, mas só serviu água e suco

MÁRCIO FALCÃO
NATUZA NERY
DE BRASÍLIA

Nem os principais representantes do PIB nacional escaparam da rigidez do Planalto. Como manda o protocolo, todos tiveram de deixar os celulares do lado de fora da Sala de Reunião Suprema, palco das mais importantes reuniões do governo federal.

Ao longo da reunião, que invadiu a hora do almoço, a presidente serviu apenas água, suco de laranja e de abacaxi. "De sólido, nada", brincou um dos famintos empresários ao fim do encontro.

Apesar da crise política do outro lado da rua, no Congresso, Dilma mostrou bom humor. Falou por meia hora e deu parcos cinco minutos para cada um dos empresários se pronunciar. Nem todos, porém, conseguiram soltar a voz. Nas contas de um observador, uns cinco ou seis poderosos ficaram de fora.

No meio do debate sobre câmbio e importação predatória, o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, buscava um microfone para um aparte. Recebeu o objeto das mãos do presidente da CNI, Robson Andrade, não sem antes levar uma alfinetada travestida de galhofa: "Eu empresto o microfone, e sem juros! Se fosse o BNDES, cobrava os juros de mim". Todos riram.

Dilma, na cabeceira da grande mesa oval, anotava tudo num caderninho.

E quando Marcelo Odebrecht prometeu pressionar o Congresso Nacional para aprovar um projeto na área de portos, ouviu do seu colega da Coteminas a piada: "O governo acaba de ganhar mais um líder no Congresso".

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