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Estudo indica tendência de real valorizado

Para Nelson Barbosa, cortes de juros não são suficientes para resolver câmbio apreciado

MARIANA CARNEIRO
DE SÃO PAULO

Estudo feito por integrante da equipe econômica do governo federal indica que a tendência de valorização do real -criticada pelo setor industrial e combatida pelo governo- veio para ficar, mesmo com a perspectiva de mais cortes na taxa de juros.

Em seminário na Fundação Getulio Vargas, o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, afirmou que a valorização do real não é resultado apenas dos juros mais elevados no país, e que está sendo determinada pelos altos preços das matérias-primas no exterior.

Segundo Barbosa, a boa notícia disso é que o Brasil não precisa subir muito a taxa de juros para atrair capital estrangeiro e manter a inflação sob controle.

"Qual é a má notícia? Mesmo que baixemos a taxa de juros rapidamente, a moeda continuará valorizada", disse o economista.

O real forte preocupa o governo porque encarece os produtos fabricados no Brasil em relação aos importados, contribuindo para o fraco desempenho da indústria.

O governo tem sustentado que mais cortes na taxa de juros ajudam no esforço para desvalorizar o real.

Barbosa disse ainda que o baixo endividamento do país -37% do PIB (Produto Interno Bruto)- e as reservas internacionais também contribuem para a valorização do real: "O mundo vê o Brasil mais seguro", disse.

A taxa de câmbio real efetiva -que compara a moeda brasileira com a de um grupo de países- mostra que o real está tão caro quanto em 1998, quando o câmbio era fixo.

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