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Gravação da PF complica situação de Demóstenes

Nome do senador surge em conversa em que Cachoeira menciona R$ 1 mi

Diálogos revelados ontem não têm 'nenhum valor jurídico', diz advogado de político do DEM

DE BRASÍLIA

O nome do senador Demóstenes Torres (DEM) aparece em conversas, gravadas pela Polícia Federal, em que o empresário de jogos clandestinos Carlinhos Cachoeira e integrantes do seu grupo mencionam cifras milionárias ligadas ao nome do político.

A informação foi divulgada ontem pelo "Jornal Nacional". Anteontem, a Procuradoria-Geral da República abriu investigação contra Demóstenes por sua relação com Cachoeira.

De acordo com a reportagem, na conversa, gravada há um ano, o empresário discute a contabilidade da organização com seu contador e com um sócio. Não fica claro o contexto das conversas gravadas pela PF nem para quem seria destinado o dinheiro.

Em certo momento, segundo a reportagem, o empresário pergunta ao seu sócio o que ele, Cachoeira, reteve. Ouve como resposta: "R$ 1 milhão do Demóstenes".

O diálogo está entre os cerca de 300 gravados pela PF em que aparecem nomes de parlamentares, entre eles Demóstenes. Eles constam da Operação Monte Carlo, na qual Cachoeira e integrantes de seu grupo foram presos.

O advogado do senador, Carlos de Almeida Castro, afirmou que as supostas gravações noticiadas pelo "Jornal Nacional" não têm "nenhum valor jurídico, são totalmente nulas".

'MORTO POLITICAMENTE'

Ontem, Demóstenes disse a pessoas próximas que está "morto politicamente".

Apesar disso, afirmou que não vai renunciar nem se licenciar do cargo.

Também ontem, o PSOL protocolou no Conselho de Ética do Senado uma representação para que Demóstenes seja investigado por quebra de decoro parlamentar, o que pode levar à cassação de seu mandato.

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