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Mercado em cima da hora Acordo pode pôr fim a greve em usinas hidrelétricas em RO Operários chegam a entendimento com empresas de Santo Antônio e Jirau, mas assembleia precisa aprovar Consórcios oferecem reajuste salarial e da cesta básica; na usina de Belo Monte, no Pará, paralisação continua FELIPE LUCHETEDE SÃO PAULO AGUIRRE TALENTO DE BELÉM Representantes dos operários e das empresas responsáveis pelas hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio, em Rondônia, assinaram acordo na noite de ontem para encerrar a greve nas usinas. As empresas -Camargo Corrêa e Enesa (Jirau) e Odebrecht (Santo Antônio)- ofereceram reajuste de 7% para quem ganha até R$ 1.500 e de 5% para salários acima desse valor. A cesta básica subiria de R$ 170 para até R$ 220. O acordo ainda terá que ser referendado em assembleia dos trabalhadores na segunda-feira. Os operários reivindicavam, entre outros pontos, aumento salarial de 30% e redução da jornada de trabalho semanal para 40 horas. Ao lado de Belo Monte (PA), que entrou em greve parcial nesta semana, Jirau e Santo Antônio, que juntas têm cerca de 35 mil operários, são as maiores hidrelétricas em construção no país. Jirau está em greve há 23 dias, e Santo Antônio, há dez dias. Ainda que em meio à greve, a usina de Santo Antônio anunciou ontem que começou a gerar energia comercialmente. Duas das 44 turbinas foram ligadas ao Sistema Interligado Nacional. A "inauguração" ocorre nove meses antes do previsto no leilão, mas três meses após o primeiro prazo anunciado. Anteontem, houve manifestação em Jirau e tumultos em Santo Antônio, depois que as construtoras das duas usinas publicaram anúncios em veículos de comunicação convocando os operários. BELO MONTE A paralisação parcial das obras de Belo Monte, no rio Xingu (PA), foi mantida ontem, pois não houve acordo entre consórcio e operários. Eles pedem redução do intervalo para visitar familiares, de seis para três meses, e equiparação de salários entre os canteiros de obras. Ontem, segundo o consórcio, havia somente um sítio de obras paralisado. O Ministério Público do Trabalho abriu inquérito para apurar a morte de um operário na quarta-feira, que deu força ao movimento. Ele trabalhava na retirada de vegetação quando foi atingido por uma árvore. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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