Índice geral Poder
Poder
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

PSDB é líder também em emendas atendidas

PAULO GAMA
RODRIGO VIZEU
DE SÃO PAULO

Os deputados estaduais do PSDB em São Paulo foram os principais beneficiados pelo governo do tucano Geraldo Alckmin com a assinatura de convênios entre o Estado e prefeituras a partir de indicações parlamentares em 2011.

Dos cerca de R$ 163 milhões em parcerias do tipo acertadas no ano passado,

R$ 51 milhões foram destinados às propostas de deputados tucanos -média de R$ 2,3 milhões para cada.

O segundo partido que mais se beneficiou com as assinaturas, o PT, indicou menos da metade dos recursos do PSDB: R$ 20,3 milhões. A média por deputado foi de R$ 845 mil.

Os números, que incluem também pedidos feitos em 2010, mas assinados em 2011, foram enviados pelo Executivo a pedido da Folha e ainda não foram publicados pelo governo. A partir de 2012, uma lei obriga que os dados sejam disponibilizados ao final de cada semestre.

Questionado, o governo afirmou que "o critério para a assinatura de convênios oriundos de indicações parlamentares é estritamente técnico" e que não há "correlação com a filiação partidária de seus proponentes".

Esses convênios são fruto de indicações feitas pelos deputados para que o governo direcione parte do Orçamento para projetos e obras em cidades escolhidas por eles. O Executivo pode escolher se libera os recursos ou não.

Eles foram o foco da principal crise do governo paulista em 2011. Em agosto, o deputado Roque Barbiere (PTB) afirmou que colegas da Assembleia negociavam com prefeituras e empresas a indicação desses recursos. O Ministério Público Estadual investiga o caso.

líder individual

O presidente da Assembleia, Barros Munhoz, também do PSDB, é o líder em indicações atendidas em 2011, com convênios que somam R$ 3,97 milhões. À Folha, Munhoz negou que isso se deva à influência política de seu cargo e atribuiu o sucesso à qualidade dos projetos que apresentou ao Executivo.

Afirmou também que nesse montante "há pleitos junto ao governo que não foram formalizados por meio de ofícios de indicação parlamentar". O governo confirmou que a lista se trata de convênios oriundos de indicações e disse que não comentaria a declaração de Munhoz.

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.