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Alckmin indica que escolherá Locke para chefiar Procuradoria

Mais votado em eleição interna no Ministério Público, procurador promete ampliar estrutura da instituição

Em conversas para definir indicação, governador manifesta preocupação com pressões por gastos

DANIELA LIMA
FLÁVIO FERREIRA
DE SÃO PAULO

O governador Geraldo Alckmin indicou a aliados que vai nomear Felipe Locke como o novo procurador-geral de Justiça de São Paulo.

Locke foi o mais votado na eleição interna promovida pelo Ministério Público estadual no último dia 24. Ele se apresentou como candidato de oposição ao atual procurador-geral, Fernando Grella.

Nos últimos dez dias, Alckmin consultou várias pessoas do meio jurídico para saber o que pensam de Locke. Ele fez críticas à campanha do procurador, mas indicou que tende a nomeá-lo.

Alckmin anunciará sua decisão até sexta-feira. A lei permite que o governador escolha qualquer um dos três procuradores de Justiça que concorreram na eleição do Ministério Público, não necessariamente o mais votado.

Além de Locke, concorreram os procuradores Márcio Elias Rosa e Mário Papaterra Limongi. Rosa era o candidato da situação, apoiado por Grella. Teve 838 votos, mas foi superado por Locke, que teve 894. Limongi, também de oposição, conseguiu 445.

Pessoas próximas ao governador disseram ontem que, embora ele ainda não tenha se pronunciado oficialmente, é improvável uma reviravolta na escolha do novo procurador-geral de Justiça.

Durante a campanha, Locke se apresentou aos procuradores como "independente" por não pertencer aos grupos de Grella e do ex-procurador-geral e ex-secretário de Justiça Luiz Antonio Marrey, que apoiou Mário Limongi.

Locke prometeu ampliar a estrutura física e o quadro de pessoal da instituição e reestruturar a carreira, o que implica em aumento de gastos.

A um de seus interlocutores, Alckmin afirmou que o procurador fez campanha como "dirigente sindical", e não como candidato à chefia do Ministério Público Estadual.

Ainda assim, o governador disse em suas conversas que não encontrou nada que desabonasse o nome de Locke.

Alckmin pediu informações sobre o procurador à sua secretária de Justiça, Eloisa Arruda, que é procuradora de Justiça, e ao advogado Alexandre Moraes, que é ex-promotor de Justiça e preside o do DEM em São Paulo.

O governador solicitou ainda que seu secretário da Casa Civil, Sidney Beraldo, buscasse informações junto a Fernando Grella e Marrey.

Alckmin ouviu de aliados comparações entre Locke e o desembargador Ivan Sartori, eleito em dezembro do ano passado presidente do Tribunal de Justiça do Estado.

Sartori também fez campanha de oposição e, assim como Locke, venceu a eleição com a promessa de defender os interesses da instituição.

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